A artista visual Gabriella Marinho inaugura sua mais recente exposição individual, “Ígnea“, no Projeto Janelas da Abipará, no Rio de Janeiro.
A mostra, que estará em cartaz a partir do dia 21 de setembro, com curadoria de Thayná Trindade, propõe uma profunda reflexão sobre ancestralidade e modernidade, explorando a transformação de elementos naturais pelo fogo.

Foto de Mari Bley
Conhecida por explorar memórias pessoais e ancestrais, Gabriella utiliza materiais como sisal, palha e fogo para criar obras que transitam entre o primitivo e o tecnológico, refletindo sobre a transformação da matéria. A exposição propõe ao público uma experiência sensorial, convidando-o a refletir sobre a passagem do tempo e a metamorfose dos elementos naturais. O trabalho de Gabriella Marinho se destaca pela fusão entre ancestralidade e modernidade, conectando arte, filosofia e natureza.
O conceito de ígnea está centrado no processo de transformação de materiais minerais pelo fogo, resultando na solidificação de frações rochosas. Thayná Trindade, curadora da mostra, explica:
A presença das materialidades advindas desse processo nos apresenta uma série de reflexões acerca da própria ideia de tempo e das relações com as diversas possibilidades de tecnologias manuais e ancestrais, sob o arcabouço e traço das encruzilhadas entre corpo, memória e espaço.
Nascida e criada no Jardim Catarina, em São Gonçalo, Gabriella Marinho foi influenciada pelas mulheres pretas que a cercaram desde a infância, introduzindo-a ao universo artístico. Formada em Comunicação com ênfase em Jornalismo e especializada em Literaturas Afrikanas, a artista faz do barro e do fogo seus principais elementos criativos, criando uma ponte entre o primitivo e o contemporâneo.
A exposição estará aberta ao público até 23 de novembro de 2024, com visitação de quarta a sábado, das 12h às 17h, na Rua do Mercado, 45, no Centro do Rio.
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